Mulheres no Poder!
- C 7
- 19 de jul. de 2024
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Mulheres no Poder: Combatidas por Criar Políticas de Benefício às Mulheres
As mulheres que ascendem a posições de poder em diversos setores enfrentam resistência considerável, especialmente quando implementam políticas que beneficiam outras mulheres. Esta resistência é um reflexo das profundas raízes patriarcais que ainda permeiam muitas sociedades e estruturas de poder.**
O Desafio de Governar Sendo Mulher
Ao longo dos anos, mulheres líderes têm sido alvo de ataques e críticas desproporcionais em comparação com seus colegas masculinos. Quando essas líderes priorizam questões de igualdade de gênero, saúde reprodutiva, violência doméstica, e direitos trabalhistas para mulheres, a resistência tende a ser ainda mais intensa. Tais políticas, que visam corrigir desequilíbrios históricos e proporcionar equidade, frequentemente encontram oposição não apenas de adversários políticos, mas também de segmentos da sociedade que se sentem ameaçados por mudanças estruturais.
Exemplos Globais de Resiliência

Jacinda Ardern, Primeira-Ministra da Nova Zelândia**: Ardern implementou políticas progressistas, incluindo licença parental paga e medidas contra a violência doméstica, enfrentando críticas tanto dentro quanto fora de seu governo. No entanto, sua abordagem empática e centrada no bem-estar das famílias ganhou reconhecimento mundial.

Angela Merkel, Ex-Chanceler da Alemanha**: Ao longo de seus 16 anos no poder, Merkel lidou com desafios de discriminação de gênero. Suas políticas, que incluíam iniciativas de igualdade no trabalho e apoio a mães trabalhadoras, frequentemente foram combatidas por grupos conservadores.

Kamala Harris, Vice-Presidente dos Estados Unidos**: Harris, a primeira mulher e mulher de cor a ocupar a vice-presidência, enfrentou resistência intensa ao promover políticas sobre direitos reprodutivos e igualdade salarial. A oposição a suas políticas reflete a resistência a mudanças que poderiam redistribuir poder e recursos.

A Injustiça do Impeachment de Dilma Rousseff: Um Retrocesso Democrático
O impeachment de Dilma Rousseff, primeira mulher a ocupar a presidência do Brasil, é visto por muitos como um episódio marcado por injustiças e motivações políticas. Dilma foi afastada do cargo em 2016 sob a acusação de "pedaladas fiscais", uma prática utilizada por governos anteriores sem consequências tão drásticas. O processo levantou questões sobre a integridade da democracia brasileira e a verdadeira natureza das alegações contra ela.**
As Acusações e o Processo
Dilma Rousseff foi reeleita em 2014, mas menos de dois anos depois, enfrentava um processo de impeachment. As "pedaladas fiscais" referem-se ao atraso nos repasses do Tesouro Nacional aos bancos públicos para cobrir despesas do governo, criando uma aparência de contas públicas melhores do que realmente eram. Críticos do impeachment apontam que a prática, embora tecnicamente irregular, não justificava a remoção de um presidente democraticamente eleito.
O processo de impeachment de Dilma foi aprovado pela Câmara dos Deputados em abril de 2016 e, posteriormente, pelo Senado em agosto do mesmo ano. A votação no Senado resultou na sua remoção definitiva do cargo, com 61 votos a favor e 20 contra. No entanto, Dilma manteve seus direitos políticos, uma decisão que alimentou ainda mais o debate sobre a legitimidade do processo.
Motivações Políticas e Interesses Ocultos
Muitos analistas políticos e acadêmicos argumentam que o impeachment de Dilma foi impulsionado mais por interesses políticos e econômicos do que por preocupações genuínas com a gestão fiscal. O processo foi liderado por políticos envolvidos em escândalos de corrupção e enfrentando investigações, o que levantou suspeitas sobre suas verdadeiras motivações.
O impeachment ocorreu em um contexto de profunda crise econômica e política, com protestos massivos e uma polarização crescente no Brasil. Alguns observadores apontam que a oposição, incapaz de aceitar a reeleição de Dilma e ansiosa para implementar uma agenda econômica neoliberal, utilizou o impeachment como uma ferramenta para alcançar seus objetivos.
Impacto na Democracia Brasileira
O impeachment de Dilma Rousseff teve um impacto significativo na política e na sociedade brasileira. Muitos viram o processo como um golpe contra a democracia, um termo amplamente utilizado por apoiadores de Dilma e críticos do impeachment. A destituição de uma presidente sem provas claras de crime de responsabilidade foi interpretada como um precedente perigoso, abrindo caminho para a instabilidade política e a fragilização das instituições democráticas.
Reações Internacionais
A comunidade internacional acompanhou o impeachment com atenção, e vários líderes e organizações expressaram preocupações sobre a legalidade e a legitimidade do processo. Alguns governos estrangeiros e figuras políticas denunciaram o impeachment como um golpe parlamentar, comparando-o a ações antidemocráticas em outros países da América Latina.

A Realidade no Brasil
No Brasil, a resistência às mulheres no poder é igualmente evidente. Políticas voltadas para a proteção de mulheres vítimas de violência, como a Lei Maria da Penha, e iniciativas para aumentar a participação feminina na política enfrentam desafios contínuos. Mulheres em cargos de liderança, como prefeitas e governadoras, relatam ser alvo de campanhas de difamação e ataques pessoais que visam descredibilizá-las e minar suas políticas.

Por que Elas São Combatidas?
A resistência às políticas pró-mulher pode ser atribuída a vários fatores:
1. Patriarcado e Conservadorismo: Muitas sociedades ainda operam sob normas patriarcais que veem a ascensão das mulheres e a mudança de status como ameaças.
2. Distribuição de Poder: Políticas que favorecem mulheres muitas vezes implicam em redistribuição de recursos e poder, algo que grupos estabelecidos resistem fortemente.
3. Desinformação e Machismo: Campanhas de desinformação e machismo estrutural frequentemente são usadas para desacreditar políticas e líderes femininas.
A Luta Continua
Apesar dos desafios, as mulheres no poder continuam a lutar pela implementação de políticas que beneficiam a todas. A resistência que enfrentam só reforça a necessidade dessas políticas e a importância de uma sociedade mais justa e igualitária. A luta pelo reconhecimento e apoio às líderes femininas é uma batalha contínua, crucial para o avanço da equidade de gênero e dos direitos humanos.

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